quarta-feira, 4 de setembro de 2013

HERMENÊUTICA SOCIOLÓGICA - BREVE RESUMO
                                                                                                                          Reginaldo Costa Filho (*)


O cristianismo primitivo e o novo testamento;
A sociologia, ciência da sociedade e de suas instituições;
O pensamento de Comte;
Fase teológica: O homem é impotente diante dos fenômenos naturais, apela para seres sobrenaturais aos quais atribui sua origem. Isto se dá na Idade Antiga.
Fase metafísica: O homem, mais habituado ao manejo da racionalidade, passa a atribuir a causa dos fenômenos naturais a forças da natureza, incontroláveis do ponto de vista prático, mas passíveis de serem pensadas de modo abstrato. Isto ocorre na Idade Média.
Fase positiva: Já presente entre os gregos e que agora reaparece com Galileu e Descartes. O homem abandona a consideração das causas dos fenômenos, que era uma atitude teológica ou metafísica, e põe-se a pesquisar as suas leis, entendidas como relações constantes entre fenômenos.
Aplicação das ciências sociais à Bíblia Hebraica - Com uma” visão evolucionista da religião, defendendo que a cultura e religião semítica tinha passado por uma fase primitiva, matrilinear e totêmica, na comunhão entre os membros de um grupo e seu deus era mantido mediante o sacrifício e consumação do animal totêmico que representava a divindade”. W.Robertson Smith “foi um dos pioneiros na aplicação das ciências sociais a Bíblia Hebraica. Para ele “a pesquisa etnográfica é fundamental para o estudo da religião da cultura.” Max Weber com sua pesquisa também causou outro impacto nos estudos bíblicos. 
 Leitura sócio-antropológica da Bíblia - “Philip R. Davies, exegeta britânico, ao falar dos métodos usados na leitura da Bíblia nas ultimas duas década, sugere que a combinação das abordagens literária e sociológica apresenta hoje o caminho mais promissor para avanço dos estudos da Bíblia. E que essas abordagens examinam não só a literatura e a realidade social de Israel, mas também as forças sociais subjacente a produção da literatura bíblica, onde se distingue a sociedade que está por trás dela”. Na mesma direção sinaliza Norman K Gottwald quando diz que “a leitura sociológica fecha a porta “firme e irrevogavelmente, as ilusões idealista e supernaturalista que ainda impregnam e enfeitiçam nossa perspectiva religiosa”. A leitura sociológica da Bíblia está relacionada especialmente com os métodos histórico - crítico e com a leitura popular.
 
Charles E.Carter observou que o uso das ciências sociais teve um declínio rápido, ele disse que: ”A disciplina foi dominada por um lado por uma abordagem lingüística comparativa, literária e histórica e por outro lado, por uma orientação teológica tipicamente protestante em sua natureza.”
 
A partir daí Gottwald propõe um modelo social para o Israel primitivo afirmando que: ”O Israel primitivo era um agrupamento de povos cananeus rebeldes e dissidentes que lentamente se ajuntavam e se firmavam caracterizando–se por forma anti- estatal de organização social com liderança descentralizada. 

(*) Bacharel em Teologia pela Faculdade Batista Brasileira

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