HERMENÊUTICA SOCIOLÓGICA - BREVE RESUMO
Reginaldo Costa Filho (*)
O cristianismo primitivo e o novo testamento;
A sociologia, ciência da sociedade e de suas instituições;
O pensamento de Comte;
Fase teológica: O homem é impotente diante dos fenômenos
naturais, apela para seres sobrenaturais aos quais atribui sua
origem. Isto se dá na Idade Antiga.
Fase metafísica: O homem, mais habituado ao manejo da
racionalidade, passa a atribuir a causa dos fenômenos naturais a
forças da natureza, incontroláveis do ponto de vista prático, mas
passíveis de serem pensadas de modo abstrato. Isto ocorre na Idade
Média.
Fase positiva: Já presente entre os gregos e que agora
reaparece com Galileu e Descartes. O homem abandona a consideração
das causas dos fenômenos, que era uma atitude teológica ou
metafísica, e põe-se a pesquisar as suas leis, entendidas como
relações constantes entre fenômenos.
Aplicação das ciências sociais à Bíblia Hebraica - Com
uma” visão evolucionista da religião, defendendo que a cultura e
religião semítica tinha passado por uma fase primitiva, matrilinear
e totêmica, na comunhão entre os membros de um grupo e seu deus era
mantido mediante o sacrifício e consumação do animal totêmico que
representava a divindade”. W.Robertson Smith “foi um dos
pioneiros na aplicação das ciências sociais a Bíblia Hebraica.
Para ele “a pesquisa etnográfica é fundamental para o estudo da
religião da cultura.” Max Weber com sua pesquisa também causou
outro impacto nos estudos bíblicos.
Leitura
sócio-antropológica da Bíblia - “Philip R. Davies, exegeta
britânico, ao falar dos métodos usados na leitura da Bíblia nas
ultimas duas década, sugere que a combinação das abordagens
literária e sociológica apresenta hoje o caminho mais promissor
para avanço dos estudos da Bíblia. E que essas abordagens examinam
não só a literatura e a realidade social de Israel, mas também as
forças sociais subjacente a produção da literatura bíblica, onde
se distingue a sociedade que está por trás dela”. Na mesma
direção sinaliza Norman K Gottwald quando diz que “a leitura
sociológica fecha a porta “firme e irrevogavelmente, as ilusões
idealista e supernaturalista que ainda impregnam e enfeitiçam nossa
perspectiva religiosa”. A leitura sociológica da Bíblia está
relacionada especialmente com os métodos histórico - crítico e com
a leitura popular.
Charles
E.Carter observou que o uso das ciências sociais teve um declínio
rápido, ele disse que: ”A disciplina foi dominada por um lado por
uma abordagem lingüística comparativa, literária e histórica e
por outro lado, por uma orientação teológica tipicamente
protestante em sua natureza.”
A partir
daí Gottwald propõe um modelo social para o Israel primitivo
afirmando que: ”O Israel primitivo era um agrupamento de povos
cananeus rebeldes e dissidentes que lentamente se ajuntavam e se
firmavam caracterizando–se por forma anti- estatal de organização
social com liderança descentralizada.
(*) Bacharel em Teologia pela Faculdade Batista Brasileira
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